Dou sequencia aos relatos de viagens contando sobre um “bate e volta” que fiz para o Festival Internacional de Balonismo em Torres, Rio Grande do Sul. O festival acontece todo ano, por volta de abril ou maio. Este ano ele aconteceu entre os dias 20 a 24 de abril.
Saímos 11 da manhã do dia 23 de abril, em um sábado em meio a um feriadão chuvoso. Saí de Jaguaruna, que fica no sul de Santa Catarina distante uns 100 km de Torres. Fazia sol, mas dava para ver algumas nuvens meio distantes. Fui dirigindo acompanhado de um casal de amigos do Oeste do Paraná (Wagner e Tais), que também estavam bem empolgados e ver os balões!
A viagem para Torres durou cerca de 1 hora. O caminho é bem tranquilo, todo duplicado e com muito poucas curvas. Se for dirigir de noite a coisa é mais complicada porque costuma ser repleto de nevoeiro (desta vez não foi diferente).
Chegamos em Torres debaixo de muita chuva. Foi um tanto brochante pois achamos que não iriamos conseguir ver os balões, dado que eles não voam quando está chovendo. Paramos para almoçar em um boteco na avenida principal da cidade, estacionando umas 8 quadras longe do parque onde ocorre o festival.
Ali pelas 15h saímos do restaurante (que não lembro o nome), onde fomos muito bem atendidos e partimos para o parque onde a entrada é gratuita. Logo na entrada uma das atrações do parque, o tal “bar nas alturas” que é levado ao alto por um guindaste. Você paga uns 30 contos para ficar uma meia hora lá em cima e tem direito a esse valor em consumação e umas “selfies”. Confesso que não me empolgou muito não.
Ficamos passeando pelos estandes do parque. Haviam várias lojas de artesanato, camisetas e principalmente comida (muitos doces e chocolates). Havia também um setor onde estavam expostos alguns projetos de ecologia e outro institucional onde estavam pessoas da prefeitura. Nesse setor da parte de ecologia acabei conhecendo o Luiz, que me apresentou o projeto de economia solidária que a prefeitura municipal de Torres desenvolve. É um projeto bem interessante que conseguiu recuperar o meio ambiente em um lugar onde havia um aterro, além de profissionalizar e dar dignidade as pessoas que viviam catando lixo. Hoje eles tem um barracão todo equipado e trabalham com reciclagem.
Ali pelas 16h o tempo já tinha estiado e fomos para uma arquibancada pois falaram que os balões iriam subir. No caminho muito, mas muito barro! Digamos que a organização do evento não foi das melhores. Chegamos lá, compramos algumas cervejas (Polar, o orgulho dos gaúchos) e se enfiamos no meio da multidão. Os balões subiram bem longe dali e demorou até que começassem a aparecer. Ficamos de olho, até que os primeiros começaram a surgir das nuvens, como um esquadrão de naves alienígenas prontas para nos atacar (Ok, já tinha passado das 16:20).
Os balões surgindo das nuvens!
O objetivo desta prova (são várias provas ao longo dos dias) é jogar uma peteca do balão e atingir um alvo que fica próximo de onde os balões costumam pousar. Eles podem chegar bem próximo do alvo, mas não podem encostar no chão. Aos poucos os balões iam se aproximando, alguns pegavam um vento “errado” e iam para bem longe!
Aos poucos as equipes iam chegando, jogavam a peteca e aterrizavam. Tudo era narrado com muita empolgação pelo DJ Cobra e seu magnifico set de música eletrônica dos anos 80. Sério, o cara não tinha noção alguma!
No final os balões ficaram ali aterrissados e começou o tal do Night Grow, que estávamos curiosos para saber o que era. Bom, não era nada demais, os balões já no chão ficavam acionando a queima do gás, numa exibição pirotécnica. Depois, já durante à noite, algumas camionetes saíram do parque em carreata com o equipamento de queima pelas ruas, jogando fogo para cima. O balonismo é um esporte da elite local, que gasta uma grana para preparar seus balões e competir no festival.
Night Grow
Se preparando para a carreata!
No final jantamos na praça de alimentação, conversamos bastante e voltamos para Jaguaruna. Foi um passeio divertido e bem barato. Praticamente só gastamos em gasolina e comida! Até dá para passear de balão, mas é muito caro (cerca de 400 reais para meia hora), então acabamos desistindo.
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