O segundo dia até que foi bem tranquilo. Acordei cedo e parti para o mercado público para comer a salada de frutas. Quando estava em Samaipata o Colombiano e a Argentina que estavam em meu quarto me falaram que ouviram falar muito bem desta salada de frutas.Chegando no mercado pedi já uma grande. Era uma delicia, muito boa mesmo! você pode pedir se quer iogurte e creme, eu como bom gordinho pedi os dois.
A salada!A banquinha de salada de frutas da simpática moça Boliviana
Devidamente alimentado sai para me preparar para a viagem ao salar de Uyuni. Ainda no mercado tive uma boa surpresa e uma não tão boa. A boa foi encontrar a Argentina e o Colombiano aleatoriamente no mercado. A ruim foi encontrar um grupo de Brasileiras que me disseram que não haviam mais passeios de 3 dias para Uyuni.
Foi então que sai em busca de agências de turismo para saber mais sobre isso. Todas me disseram que haveriam passeios de 3 dias. Mais tranquilo fui até a rodoviária e comprei a passagem, na volta aproveitei para comprar óculos escuros (bem fuleiros e baratos!) e protetor solar, indispensáveis na visita ao salar e que eu havia esquecido em casa. Também saquei dinheiro no caixa pois imaginei que iria ficar pelo menos uns 4 dias longe da “civilização”.
Voltei rápido para o hostel pois estava com muita dor de barriga. Fica a dica: é muito difícil existir papel higiênico nos banheiros, mesmo os pagos, portanto sempre carregue um com você, pois nunca se sabe né. Chegando lá resolvi dar uma descansada. Como eu já havia desocupado o quarto, deixando minhas coisas no depósito, tive que recorrer ao banco da praça. Até que foi gostoso dormir lá, pelo menos estava fresquinho.
Já era meio tarde quando resolvi encontrar meu próximo passeio. Resolvi ir até o Parque Cretacino, um parque onde existem pegadas de dinossauro fossilizadas em um grande bloco de concreto. Peguei uma van e parti em direção ao local, que fica bem afastado da cidade. Quando cheguei em um mercado popular chamado mercado campesino tudo ficou trancado. Era muito trânsito, que me lembrou desgraçadamente Florianópolis.
Depois de mais de 1 hora de trânsito intenso cheguei no parque. No caminho passamos pela periferia da cidade, que não é branquinha e bonitinha como o centro histórico. O parque fica ao lado de uma gigantesca fábrica de concreto, que foi a responsável por encontrar as pegadas depois que o concreto secou e elas ficaram evidentes.
Faltava meia hora para o parque fechar, então tive que ser rápido. Na realidade, tirando as pegadas não havia muito a se ver. Mesmo a pegadas tive de ver de longe usando binóculos (pagos), porque só existe uma visitação guiada por dia às 13h. De resto são grandes réplicas de dinossauros feitas em materiais sintéticos e alguns painéis bem interessantes contando como aquela região se formou. Foi bem bacana saber por exemplo que existia um grande mar onde hoje é o salar de Uyuni (o que explica o sal) entre outras coisas.
Sabe o que eu faço com esses bichinhos?
Se você tiver um pouco de imaginação pode perceber as pegadas
Linda vista de cima do parque
Sai bem corrido na volta, porque ainda tinha que comprar algo para comer e pegar minha roupa na lavanderia. Chegando ao mercado comprei massa, cebolas, tomates e um “pimentão” para fazer o meu tradicional macarrão de despedidas seguro para viagens, dado meu estado. Preparei o bichinho e quando comi tive uma bela surpresa. Não era um pimentão, era uma baita pimenta ardida pra caramba. Bom, o estrago já estava feito, pois eu não tinha mais muito tempo. Comi um prato e parti para a rodoviária. Antes bati uma foto de um dos nossos produtos de exportação.
Os gringos do hostel piram no velho barreiro!
Cheguei na rodoviária e fiquei ali em meio ao caos esperando o ônibus para Uyuni. Próximo capítulo desse blog!
Na Rodoviária de Sucre
Você pode ver aqui as fotos deste trecho da viagem.
Gastos (em Bolivianos)
- 18 lavanderia (~R$ 10,50)
- 8 salada de frutas (~R$ 4,70)
- 70 passagem para Uyuni (~R$ 41,17)
- 5 farmácia
- 5 suco
- 30 parque
- 25 óculos
- 5 manteiga de cacau
- 17 comida
- 6 ônibus
Total: 196b (~R$ 73,50 na cotação de 1,70).
Saque: 400 bolivianos (R$ 244,86 + R$ 12,00 taxa saque + R$ 15,58 IOF = equivalente a R$ 1,46 por boliviano).