Essa é a última das preliminares antes de entrar nas histórias (eu juro!). Achei importante dizer o que levei comigo, e também o que deixei de levar, de forma que futuros viajantes possam pegar algumas dicas, dado que essa foi uma das partes mais difíceis de se colher informações.
Bom acho que a principal dificuldade é que escolher o que levar é uma questão bem pessoal. De toda forma espero ajudar, então vamos lá.
Para carregar minhas coisas levei uma mochila. Minha mochila não é do estilo daquelas mochilas que o pessoal costuma fazer “mochilão” por aí. É uma mochila executiva com rodinhas (!). Não quis comprar outra mochila, então fui com essa mesmo.
Suas configurações são: volume 54.23L, 3 kg, dimensões 34 X 29 X 55 cm
Confesso que não tive problema algum com ela. As rodinhas ajudam bastante principalmente na locomoção dentro de aeroportos e rodoviárias onde o chão é mais regular, e o espaço foi mais do que suficiente. Além disso o tamanho dela me permitiu que eu a levasse como bagagem de mão na maioria das vezes que viajei de avião ou ônibus, diminuindo o tempo na retirada da bagagem.
A mochila
Depois vem o recheio. Resolvi levar roupas equivalentes para cerca de 7 dias. Sendo assim, teria que procurar onde lavar roupas por lá. Como imaginei que em alguns lugares faz frio (e faz mesmo!), acabei levando também alguns casacos (3).
Roupas:
- 8 camisetas
- 7 roupas de baixo
- 9 pares de meia
- 2 bermudas (uma para banho)
- 2 calças jeans
- 1 casaco de moleton com capuz
- 2 blusas fina de lã (acho que sintética)
- 1 chapéu
- 1 cinto
- 1 par de tênis esportivos (deveria ter levado uma bota leve, o tênis acabou danificado)
Material de higiene (levei em uma pequena bolsa dentro da mochila):
- Escova e pasta de dente pequenas (importante porque nos voos
- internacionais eles podem jogar fora)
- Desodorante de rolinho (mesma coisa que acima)
- Pílulas para Soroche, o “mal da altitude” (valeu Eleonora!)
- Aparelho de barbear (que acabei não usando)
- Soro (para hidratação)
- Floratil (para o piriri)
- Pente pequeno
Demais:
- 1 celular (com câmera de 8 megapixels e capacidade de filmar em HD).
- 1 carregador para o celular
- 1 cabo USB para transmissão de dados
- 1 bateria auxiliar (aproximadamente de uma carga extra, 5.200 mah, uma ótima ideia. você pode carregar dentro do sapato numa viagem de ônibus/avião por exemplo).
- 1 pendrive de 8gb (para não faltar espaço e tirar uma cópia de segurança)
- 1 fone de ouvidos daqueles simples
- 2 livros para ler no caminho
- lanterna pequena que pode ser carregada dando corda (acabei não usando)
- 1 saco de 500g de amendoim japonês (tem história pra contar)
- 1 garrafinha de 500ml de água
- óculos de leitura (que acabei não usando)
- passaporte
- cartão de crédito internacional
- carteirinha internacional de vacinação expedida pela ANVISA (teóricamente exigida pelo Estado Boliviano, mas nunca pediram)
- 1250 reais em dinheiro
Com todo o material a mochila estava pesando cerca de 8kg.
Bom, isso foi o que eu levei. No geral, não sofri com as escolhas que fiz. As vezes carregava algumas coisas dentro de uma sacola plástica, para facilitar o uso em viagens de ônibus e avião por exemplo.
Mas me esqueci algumas coisas bem importantes:
- Protetor solar (duh!)
- Toalha (maioria dos albergues/hostels não tem ou cobram para alugar)
- Sabonete (nem precisa de explicação)
- Chinelos (bom pra sair do banho e caminhar mais numa boa)
- Luvas (faz muito frio em Uiuny)
- Óculos escuros (o deserto de sal reflete muita luz)
Sobre dinheiro:
Ao longo dos dias vou detalhando os gastos que tive. Ainda não fiz os cálculos, mas creio que valia a pena ter levado todo o dinheiro que eu pretendia gastar e trocar tudo no câmbio de Santa Cruz.
A questão é que deixei para sacar toda a grana no aeroporto no mesmo dia da viagem, esquecendo de que existe um limite para saque que não era muito alto no meu caso. Além disso não tinha muito como saber qual era a cotação em cada lugar.
De qualquer forma entra naquela questão de correr o risco de ser assaltado e perder toda a grana. No fim levei meu cartão para realizar saques no exterior.
No caso de saques no exterior, geralmente é aplicada um taxa por saque de 5 dólares + IOF (cerca de 6.8% atualmente), e a cotação utilizada é a oficial do dia (se o saque for no crédito o valor é corrigido posteriormente). Esse post explica bem como fazer e meio que salvou minha vida quando a grana acabou.
É muito difícil aceitarem cartão de crédito na Bolívia. Talvez em Santa Cruz seja mais fácil. O único momento que precisei usar o cartão foi na compra da passagem aérea de La Paz para Santa Cruz, já no fim da viagem.
Dicas para economizar se divertindo:
- Pechinche! sempre dá pra economizar uns trocados. Na viagem encontrei algumas Argentinas que eram realmente muito boas nisso.
- Evite os lugares “com pinta pra turista”, que em geral são bem mais caros. Eles são fáceis de identificar, vai por mim.
- Caminhe e/ou utilize transporte público ao invés de Táxi.
- Coma no mercado público ou vá na feira e faça o rancho (cozinhar as vezes saí mais caro que um baita pratão típico, se não for dividir com a galera)
- Compre água grande ao invés das pequenas: você pode levar uma garrafinha pra ir enchendo e deixar o galão no quarto do hostel por exemplo.
- Prefira hostel (albergue)
- Se for comprar passeios, nunca compre direto no hostel.
- Pesquise os preços.
- Não coma em aeroportos.
- Sempre vá em várias casas de câmbio e negocie o preço para o montante trocado.
Bem, acho que era isso! Amanhã continuo com o inicio das histórias de viagem.